quarta-feira, 11 de junho de 2014

O prazer por Legião


Nós não éramos nada parecidos. Ela era de escorpião, e eu de virgem. Ela queria ser jornalista, e eu ator. Ela era rock’in roll, e eu sentimentos. Ela idolatrava Legião Urbana, e eu odiava.
Isso me lembra de um pouco da canção e do dualismo de Renato Russo em Eduardo e Mônica. Aquela história toda contraditória, mas com uma pitada de que tudo no fim daria certo.  Aquela canção com uma poesia boa, na batida de Legião.
Hoje eu preciso escutar Legião para quase tudo. Preciso de Legião para purificar o sofrimento do Tempo Perdido, para alegrar a vida com Geração Coca-Cola. Preciso dançar todo dia, errado que seja, mas gritar ao mundo que o melhor é gostar de Meninos e Meninas. Lembrar que a primeira música na qual me fez gostar de ouvir Legião, é, foi Pais e Filhos. Eu jamais quero esquecer que Ainda é Cedo para tudo que é possível e impossível ser feito. Pois preciso de Legião para sentir e lembrar que o Quase Sem Querer caí bem... Mas que Sem Amor Eu Nada Seria...
As canções de Renato marcaram algumas situações de minha, assim como na vida de milhares de pessoas. As canções tocadas pela banda Legião Urbana, lá nos anos 80, ainda hoje fazem a cabeça dos jovens e de familiares, aqueles mesmos que vivenciaram na época. Elas viraram um ícone, ficaram clichês, mas uma obra literária de grande porte e que até hoje fazem sucesso.
Depois de começar a ouvir as composições, acabei concordando com os pensamentos do poeta Renato Manfredini Júnior, nascido no dia 27 de Março de 1960. O Renato nos proporcionou todos os tipos de sentimentos em suas canções. Renato foi um cara bastante comovente, ele cantava com o coração, ele falava com atitude, ele era inquieto, e um pouco revoltado com o povo parado brasileiro. Infelizmente morto em 11 de Outubro de 1996, devido às complicações causadas pela AIDS.
Naquela época, por volta do ano de 1983 quando mais ou menos se deu o surgimento da banda, Legião era uma febre. Eu não era nascido, óbvio. Mas, Brasília tremeu, e os jovens roqueiros da época também. A banda foi conquistando todo o Brasil com seu jeito razão e emoção, com suas canções únicas e identificáveis.
Os jovens que não eram nascidos nessa época, assim como eu, foram influenciados pelos seus pais, tios ou até amigos. Ana Claudia, uma amiga no tempo de puberdade,  ela que me fez gostar de Legião Urbana, e tenho para lhe dizer que foi uma das coisas mais simbólicas de minha vida. Eu sempre me emociono com as canções, pois elas falam comigo, você as sente, você vê verdade nas letras compostas pelo meu, pelo seu, pleo nosso poeta Renato Russo.


 

2 comentários:

katryne disse...

Excelente texto, digno da maravilhosa banda que foi (e é até hoje) Legião Urbana. Parabéns!

William Corrêa disse...

Sempre um amor. Obrigado guria.
Sim, Legião é Legião. Não tem... :D