É como se tivéssemos passado por um instante, um
instante, realmente repentino. Foi só aquilo, naquele momento. Que foi bom foi.
Foi bom mesmo. Foi pouco, mas talvez
tenha marcado algo tão incrível, que o incrível já não existe mais no agora.
Eu sei, me desculpe. Eu me expresso nas interrogações e
isso é de mim, vai vê você não me entenda, ou melhor, ninguém talvez me
entenda. O problema não é entender, e sim, tentar entender o que as
interrogações querem dizer.
Meus pensamentos, meus textos, minha forma de me expressar
tem bula. É uma bula bem diferente dos remédios, nos quais nós vemos. Na bula
dos remédios você vê, lê e entende. Na minha bula, você não lê, sente. Caso não
me entenda nesta bula das interrogações, no qual tudo é em forma de um ponto de
interrogação assim (?). Aí, se não entenderes. Te liga, preste atenção, converse,
fale, grite ou se expresse na afirmação das minhas interrogações.
Somos de instantes, ser livre às vezes soa descartável,
não que seja, mas soa. É magnifico a liberdade, quem não a quer, não é mesmo? Eu
quero, você, aposto que também. O carinha que anda de skate, a menina que tem
seu diário virtual e que gosta do carinha do skate, ou a menina que espera seu
namorado, namorado este que não vem, mas ela o ama.
Todos pensamos na possível liberdade. Ela tá aí, na nossa cara. Gritando: LI-BER-DA-DE!
Todos pensamos na possível liberdade. Ela tá aí, na nossa cara. Gritando: LI-BER-DA-DE!
Uns até sabem a usar, e como... O guri do sorriso
metálico que vai a quase todas as noites, ele se comunica muito, não sei se
dança, mas eu te garanto, ele usufrua muito da liberdade. Sua ideologia grita alto aos ouvidos
de quem não a tem.
Depois de uma terapia de ideologias, junto a minha, eu
resolvi renovar a minha liberdade. Te juro, ainda não a usei completamente,
ainda há tempo. Lembro que o guri do sorriso metálico disse-me: Vai, você tem
que se jogar, ter experiências, tudo é experiência quando se é livre. Porque
depois quando ficamos velhos, aí sim, tudo caído, não da para fazer nada. Tem que
aproveitar e não se apegar.
Viu, é por isso que eu preciso escutar, entender, e digerir esta liberdade, para encontrar a
felicidade efêmera.
William Corrêa