quarta-feira, 2 de abril de 2014

A Sua Persuasão Ativou Minha Felicidade


 

A noite daquele sábado parecia dar em nada. Estava eu, sentado na sala formulando os meus bilhetinhos de mensagens. Eu amo. Houve uma surpresa inesperada. Aceitei o convite e fui.
À primeira vista, seria de uma noite sociável e alegre, é, e foi. Não tão como se esperava, dançamos candomblé- coisa de negritude-, estava ótimo, aquele ritmo, aquelas pessoas, e aquele nosso amor de amizade, os três reunidos e dançando. Lembro até agora, o momento era bastante auspicioso. Depois o auspicioso, ou melhor, bem antes, foi-se desandando. Momentos deste tipo fazem parte de uma noite de serenata. Anda e desanda toda hora. Isso é bom, o monótono que é horrível.

À segunda vista, tudo já estava desandado.
Aí, é que a noite estava repleta de alegria, eu estava pleno e feliz. Só disso que eu sei. Agora as especulações, não me interessam, não agora, agora que eu escrevo esta crônica, e o que me interessa são as boas lembranças e não as especulações, disso é que eu me lembro: boas lembranças.
O Whats funcionou como meio de comunicação, eu queria encontrar, e encontrei. O convite mais uma vez foi feito, e eu desta vez, aceitei, e aceitei com uma dúvida, mas com a certeza de que eu queria ter um momento de paixão, de amor, ou de liberdade naquela noite. A noite da serenata, a noite da sociabilidade, da loucura, da negritude, das luzes, dos beijos, dos chupões (totalizando cinco). E não é que eu estava feliz, eu estava livre, livre só naquela noite. Sorriso de orelha a orelha, abraços, beijos e amor de uma noite de sábado. O convite foi feito com muita persuasão.
A felicidade é repentina, e inesperada, e as coisas foram sempre assim na vida, na minha vida. E tenho para lhe dizer que assim é bom, é melhor, eu não me angustio, não me iludo, e não fico nostálgico depois, depois das coisas terem ou não acontecido. Então o que tenho a lhe dizer é que, curta, curta a tua felicidade efêmera como venho dito em outra crônica. Porque a efemeridade desaparece, e assim, num estralo. Hoje não há felicidade e paixão efêmera, mais quem sabe amanhã, ou depois de amanhã. A felicidade vem e você nem a espera, e te garanto, é mais gostoso, é bom, te faz bem. Aproveite o que te faz bem.

Se houver especulações depois, que haja, pois o importante é o que da noite foi feito.