quinta-feira, 10 de abril de 2014

A leveza de seu peso




" Então, o que escolher? O peso ou a leveza? Foi a pergunta que Parmênides fez a si mesmo. Segundo ele, o universo está divido em duplas de contrários: a luz e a obscuridade, o grosso e o fino, o quente e o frio, o ser e o não-ser. Ele considerava que um dos pólos da contradição é positivo (o claro, o quente, o fino e o ser), o outro, negativo. Essa divisão em pólos positivo e negativo pode nos parecer de uma facilidade pueril. Menos em um dos casos: O que é positivo, o peso ou a leveza? Parmênides respondeu: O leve é o positivo, o pesado é negativo. Teria razão ou não? Essa é a questão. Uma coisa é certa. A contradição pesado-leve é a mais misteriosa e ambígua de todas as contradições. "
A Insustentável Leveza do Ser- Capítulo 2

A vida nos torna incríveis quando a usamos com simplicidade e humildade. Também com uma dose de compreensão. Pois nem sempre o leve será a paz ou o certo, e que o pesado não resultará, muitas vezes, no errado. E que isso tudo no qual disse, pode ser o contrário ou não. Pode ser tudo verdade. Assim como não. É uma questão duvidosa. Não necessariamente uma mentira. Dúvidas não são mentiras.
Os acontecimentos de nossa vida, e até mesmo no dia-a-dia nos tornam cada vez mais desgastantes, isso não é normal. Não mesmo. Forte são aqueles que conseguem esquecer, ou deixar guardado  uma dor e continuar vivendo, vivendo bem e continuando com suas obrigações, objetivos e sonhos. Eu não consigo. Não consigo pelo fato de eu ser um ator dramático de minha vida. 
Todos estamos neste mundo por um bem incomum ou comum. Temos objetivos, ideologias, sonhos, verdades, felicidades, mantras, preciosidades pessoais, intimidades, amor de amigos, maternos, fraternos(...) Enfim, são tantos amores, que acabamos morrendo por eles, dia-a-dia. Até que o amor acaba, ele vai embora e nem nos dá adeus. Isso abala. E como. Ninguém entende. Só quem vive a dramaturgia sabe.
O peso pode permanecer na nossa vida por tempos, ele nos faz sentirmos tristes, acabados e feridos. Mas, quando ele acaba. Sentimos falta. Sentimos falta não da dor e dos motivos daquelas lágrimas. Tentamos esquecer a dor e lembrar aquilo que nos trouxe de bom, de positivo. Os sorrisos, os abraços, as lições.
O leve esta dando o ar da graça, ele quer dançar, mas o peso ainda não quer deixar, o peso esta prestes a sair, ele quer dar espaço ao leve. O leve é que esta soltinho, ele esta sem rumo, esta pulando por aí, esta perdido. 
O peso e o leve tendem a juntar-se para tudo aprimorar-se e aprender a viver esta vida. Pois há muita gente no mundo achando que sabe muito sobre ele. 
Sábios não sabem nada sobre o mundo, sábios têm dúvidas. E não tenha dúvida, sábios são aqueles que conseguem perceber e aprender com os pesos e as levezas de suas vidas. Se eles não perceberam ou não aprenderam ainda, não duvide, eles estão em fase de tentar entender. 


domingo, 6 de abril de 2014

Deixa soar com humildade esta ''auto-ajuda''

É, e qual é o problema com o ''ajudar'' ou ''auto-ajuda''?
Se te faz mais cidadão, ou coerente. Para que tanta impunidade ao outro? Chega de marra! Se é o que te faz refletir coisas boas, se te faz feliz e viver melhor. Porque não ler aquele livro, aquele livro que conversa contigo. Aquele livro que abre tua mente ao saber viver e aprender com a vida. Ou até mesmo, conhecer aquela pessoa que todos a consideram chata por ela conversar assuntos totalmente diferentes ao seu. 
Gente, se o ''auto-ajuda'' soa careta, talvez quem esta sendo careta  é você. 
O problema do ser humano, desta nossa sociedade, é que um sempre põe a culpa noutro. E assim vamos... Crescendo e evoluindo. Que hipocrisia!
 
 
Bom, lembro que uma vez estava lendo um livro, não recordo-me exatamente título ou que assunto o livro remetia. O que lembro, foi que o tal livro relatava sobre a vida e tais coisas neste sentido. Mostrei a alguém e indiquei.  Enfim, a pessoa mal olhou a sinopse, de certo viu que falava sobre a vida, e de uma forma mais ''auto-ajuda''. Aí largou uma farpa: nossa, um livro auto-ajuda. Auto-ajuda? Não obrigado. Calei-me e fiquei na minha. 
O que eu vejo, o que eu percebo? Percebo que as pessoas e que uma grande maioria delas, opina sobre só aquilo que elas veem, aquilo que é nítido. Eu sei, é chato não ver algo palpável e opinar. Até porque eu sou do tipo que só crê vendo.  Mas, neste caso eu estou querendo me referir ao sentido: auto-ajuda da vida. 
Caros cidadãos de tempos atrás e até mesmo, atuais.  Sabemos que vocês são assim, assim deste jeito prático, automático, preconceituoso, e nenhum pouco interessado em assuntos como a vida, ou que suplique uma ajudinha.  Nossa, para que? Quem sabe da vida deles, são eles. Não tende opinar (e ponto). E eles não precisam não de livros de ''auto-ajuda'', de pessoas de ''auto-ajuda'', de frases de ''auto-ajuda'', de paisagens de ''auto-ajuda'', ou qualquer outra coisa, expressão, palavra, ou gesto que reflita algum braço torcido.
Os livros todos são ''auto-ajuda'', as imagens, as palavras, as pessoas, os sinais (verdes ou vermelhos), a paz, a revolução, a manifestação, os carinhos, os olhares. Tudo é ''auto-ajuda'' é só olhar de um ângulo diferente. E é aí que todo mundo se esquiva. 
Pois o bom é refletir sobre tudo que possa te fazer melhor nesta vida. E se não deu certo, e se não sabe qual caminho tomar, e se ta perdidão. Ué, para que se esquivar? Corra para o primeiro abraço e aceite a ajuda, ou então a ''auto-ajuda''. 
Chegou de impunidade por babaquices. Ok?
Lembrando: tudo é ''auto-ajuda'' se soar dentro de ti com humildade.




quarta-feira, 2 de abril de 2014

A Sua Persuasão Ativou Minha Felicidade


 

A noite daquele sábado parecia dar em nada. Estava eu, sentado na sala formulando os meus bilhetinhos de mensagens. Eu amo. Houve uma surpresa inesperada. Aceitei o convite e fui.
À primeira vista, seria de uma noite sociável e alegre, é, e foi. Não tão como se esperava, dançamos candomblé- coisa de negritude-, estava ótimo, aquele ritmo, aquelas pessoas, e aquele nosso amor de amizade, os três reunidos e dançando. Lembro até agora, o momento era bastante auspicioso. Depois o auspicioso, ou melhor, bem antes, foi-se desandando. Momentos deste tipo fazem parte de uma noite de serenata. Anda e desanda toda hora. Isso é bom, o monótono que é horrível.

À segunda vista, tudo já estava desandado.
Aí, é que a noite estava repleta de alegria, eu estava pleno e feliz. Só disso que eu sei. Agora as especulações, não me interessam, não agora, agora que eu escrevo esta crônica, e o que me interessa são as boas lembranças e não as especulações, disso é que eu me lembro: boas lembranças.
O Whats funcionou como meio de comunicação, eu queria encontrar, e encontrei. O convite mais uma vez foi feito, e eu desta vez, aceitei, e aceitei com uma dúvida, mas com a certeza de que eu queria ter um momento de paixão, de amor, ou de liberdade naquela noite. A noite da serenata, a noite da sociabilidade, da loucura, da negritude, das luzes, dos beijos, dos chupões (totalizando cinco). E não é que eu estava feliz, eu estava livre, livre só naquela noite. Sorriso de orelha a orelha, abraços, beijos e amor de uma noite de sábado. O convite foi feito com muita persuasão.
A felicidade é repentina, e inesperada, e as coisas foram sempre assim na vida, na minha vida. E tenho para lhe dizer que assim é bom, é melhor, eu não me angustio, não me iludo, e não fico nostálgico depois, depois das coisas terem ou não acontecido. Então o que tenho a lhe dizer é que, curta, curta a tua felicidade efêmera como venho dito em outra crônica. Porque a efemeridade desaparece, e assim, num estralo. Hoje não há felicidade e paixão efêmera, mais quem sabe amanhã, ou depois de amanhã. A felicidade vem e você nem a espera, e te garanto, é mais gostoso, é bom, te faz bem. Aproveite o que te faz bem.

Se houver especulações depois, que haja, pois o importante é o que da noite foi feito.