sexta-feira, 21 de março de 2014

Amor de amizade

E parece que rolou a sintonia naquele instante (olha que nos conhecemos há pouco tempo). Alguns meses? Bom, é mais ou menos isso. Opa, na verdade ela sempre esteve por aí, aí em minha volta, sem que eu ao menos a percebesse. As coisas começam assim, assim do nada mesmo. Um dia estamos chorando, noutro rindo com uma figura que conhecemos na calçada do bairro onde morávamos. Louco, não?
 
Agora, vou lhe dizer uma coisa... Não fique bravo quando sua amizade lhe disser umas verdades. Aquela mesma, que tu conheceste na calçada do bairro onde morávamos.  Mantenha-se calmo. Eu sei que você tem um pavio longo, mas que neste momento, o esqueceu. O problema é que você quer ser sempre o dono da razão. Ninguém lhe disse que não tens razão. Mas, ouvir o outro faz parte da vida, e da tua também. Agora, ouça-a e para de neura.  Lembre-se, ela é sua amizade e você precisa dela. Não se sabe o que ela precisa. Mas, se está contigo, tenha certeza. Te ama, adora e te quer bem. (e ponto). Sem questionamentos, meu caro.

Amor de amizade é assim. Ontem riamos, hoje brigamos. Amores passam por todo tipo de montanha russa. (e olha que eu só conheço um tipo) É... Aquela mesma, aquela que sobe e desce, vai e vem, mas que você sempre sente um friozinho na barriga quando volta a vê-la. Pois a diversão começa e você tem que correr para o abraço. Ou para o beijo. Ou... Enfim, sabem-se lá quais são as tuas intimidades com suas amizades. (risos).
Não se esqueça de uma coisa, tem que deixar rolar o amor da amizade. Ou no outro dia irá se arrepender. Ouviu?
Agora, o sol bate em minhas costas (menos mal que não é no rosto). Estou tranquilo e amando cada vez mais este amor de amizade. O problema é que eu cobro demais, eu me magoo demais, eu amo demais, quando eu quero eu falo demais, quando eu quero eu me silencio demais, quando eu crio eu crio demais, quero mudar o mundo demais, quero gritar demais, chorar demais. Na verdade, a inconstância me domina às vezes. É isso.
Eu quero reciprocidade, e nem sempre a reciprocidade vem como se espera. 

William Corrêa

domingo, 9 de março de 2014

Felicidade Efêmera


É como se tivéssemos passado por um instante, um instante, realmente repentino. Foi só aquilo, naquele momento. Que foi bom foi. Foi bom mesmo.  Foi pouco, mas talvez tenha marcado algo tão incrível, que o incrível já não existe mais no agora.
Eu sei, me desculpe. Eu me expresso nas interrogações e isso é de mim, vai vê você não me entenda, ou melhor, ninguém talvez me entenda. O problema não é entender, e sim, tentar entender o que as interrogações querem dizer.
Meus pensamentos, meus textos, minha forma de me expressar tem bula. É uma bula bem diferente dos remédios, nos quais nós vemos. Na bula dos remédios você vê, lê e entende. Na minha bula, você não lê, sente. Caso não me entenda nesta bula das interrogações, no qual tudo é em forma de um ponto de interrogação assim (?). Aí, se não entenderes. Te liga, preste atenção, converse, fale, grite ou se expresse na afirmação das minhas interrogações.
Somos de instantes, ser livre às vezes soa descartável, não que seja, mas soa. É magnifico a liberdade, quem não a quer, não é mesmo?   Eu quero, você, aposto que também. O carinha que anda de skate, a menina que tem seu diário virtual e que gosta do carinha do skate, ou a menina que espera seu namorado, namorado este que não vem, mas ela o ama. 
Todos pensamos na possível liberdade. Ela tá aí, na nossa cara. Gritando: LI-BER-DA-DE!
Uns até sabem a usar, e como... O guri do sorriso metálico que vai a quase todas as noites, ele se comunica muito, não sei se dança, mas eu te garanto, ele usufrua muito da liberdade. Sua ideologia grita alto aos ouvidos de quem não a tem.
Depois de uma terapia de ideologias, junto a minha, eu resolvi renovar a minha liberdade. Te juro, ainda não a usei completamente, ainda há tempo. Lembro que o guri do sorriso metálico disse-me: Vai, você tem que se jogar, ter experiências, tudo é experiência quando se é livre. Porque depois quando ficamos velhos, aí sim, tudo caído, não da para fazer nada. Tem que aproveitar e não se apegar. 
Viu, é por isso que eu preciso escutar, entender, e digerir esta liberdade, para encontrar a felicidade efêmera.
William Corrêa